fotografia: Beatriz Geada
Hoje em dia, muitas pessoas escolhem ser do contra, mas não sabem bem porquê. Não se questionam, não olham para a realidade que as rodeia. Já foram muitos os seres humanos com que me cruzei que me disseram algo como “não sou feminista” ou “odeio feministas”. Quando o recente filme sobre a Harley Quinn, “Birds of Prey”, saiu, li alguns comentários do género “não deveriam inserir a temática feminista dentro do universo dos super-heróis. Já chega de quererem colocar este tema em todo o lado”. Dentro da minha cabeça, claro, percorrem logo milhares de questões que devo colocar, mas a única que expresso é “porquê?”. Porque somos contra a igualdade? Porque escolhemos ser contra a felicidade dos outros? Como é que um simples filme sobre uma super heroína querer a sua emancipação e existir sem o Joker pode causar confusão a alguém? É tempo de analisar os pilares da sociedade e questões que estão enraizadas.Eu estudei, tirei a carta, escolho a minha roupa todos os dias, escolho o meu futuro, posso votar, posso escolher se quero casar e com quem quero casar, posso ser a líder, posso ser eu a tomar as decisões, porque o corpo é meu, a escolha é minha. Mas só o faço graças ao feminismo e a quem luta por ele todos os dias. E o que mencionei são apenas algumas das oportunidades de escolha num universo complexo de restrições. Apesar de tudo isto, não saio à rua com a roupa que quero. Se assim fosse, vestia mais vezes saias e vestidos, passeava de saltos altos sem medos. Sem pensar que vou descer a rua e vou ouvir um piropo que vai andar na minha cabeça o dia todo e me vai fazer torcer todos os órgãos que tenho dentro do corpo porque fiquei enojada. Não me lembro de uma vez que não tenha acontecido - mesmo quando era mais nova. Eu posso fazer tanta coisa, efetivamente, mas será que, ao fazê-lo, não me vão tentar humilhar? 10/10. E perco a minha liberdade.
Culturalmente, politicamente, democraticamente e socialmente, é um trabalho em progresso. Todos temos diferentes backgrounds, experiências e realidades. Sofremos com descriminação baseada no género, cor, fisionomia, demografia, cultura, religião e tantos outros fatores. Sofremos com violência sexual, agressão, intimidação, sexualização e assédio. Quando me dizem “this is a man’s world”, sou a primeira a dizer “wouldn't be nothing without a woman or a girl”. Porque acredito na igualdade.Este é o momento de sermos uns pelos outros, de ouvirmos e compreendermos diferentes realidades, de percebermos que só com uma corrente humana positiva e uma luta constante pela igualdade (reparar o sistema para que ofereça igual acesso para as ferramentas e oportunidades) é que podemos viver num planeta mais seguro e feliz. O lugar da mulher é onde ela quiser. Serão motivos suficientes para não se ser do contra?
Culturalmente, politicamente, democraticamente e socialmente, é um trabalho em progresso. Todos temos diferentes backgrounds, experiências e realidades. Sofremos com descriminação baseada no género, cor, fisionomia, demografia, cultura, religião e tantos outros fatores. Sofremos com violência sexual, agressão, intimidação, sexualização e assédio. Quando me dizem “this is a man’s world”, sou a primeira a dizer “wouldn't be nothing without a woman or a girl”. Porque acredito na igualdade.Este é o momento de sermos uns pelos outros, de ouvirmos e compreendermos diferentes realidades, de percebermos que só com uma corrente humana positiva e uma luta constante pela igualdade (reparar o sistema para que ofereça igual acesso para as ferramentas e oportunidades) é que podemos viver num planeta mais seguro e feliz. O lugar da mulher é onde ela quiser. Serão motivos suficientes para não se ser do contra?
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